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Covid – 19 – Agilidade no diagnóstico é objetivo no Lacen-MG

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O Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-MG), da Fundação Ezequiel Dias, em Belo Horizonte (MG) viu sua relevância aumentar diante do surgimento dos casos de coronavírus no Brasil. Desde meados de março, quando foi decretada pandemia pela Covid-19, a quantidade de exames laboratoriais para os casos da doença quadruplicou. 

"A cada dia o volume é maior", garante Adriana Aparecida Ribeiro, biomédica, atualmente técnica em Patologia Clínica no Lacen-MG, já antevendo o aumento no número de casos suspeitos para a Covid-19, conforme estimam os órgãos e autoridades em saúde pública para as próximas semanas. O laboratório recebe amostras coletadas de todo o Estado.

Os principais desafios, a exemplos dos demais Lacens em todo o País, é o atendimento em tempo hábil da alta demanda por diagnósticos e a liberação mais rápida dos resultados, conforme destaca Antônio Carlos Gomes Júnior, biomédico especialista em Análises Clínicas.

Antônio e Adriana, juntamente com Juliana de Carvalho Gonçalves, estão entre os profissionais de saúde, graduados em Biomedicina, atuando diretamente nas ações voltadas para a Covid-19 no Lacen-MG. Apesar da rotina intensa e estressante, eles concordam sobre a importância de manter o distanciamento social como forma de prevenção mesmo quando retornam para casa e estão entre os familiares. "Não abrimos mão da distância e da higiene, que nos protege e ao outro também", reforça Antônio Carlos.

Adriana que já considerava ter pouco tempo para a família, antes da pandemia, agora prioriza esse mesmo tempo restrito para estar mais próxima. "Diante da presença deles conseguimos extravasar parte desse estresse por toda essa situação", completa, e lembra-se de outros colegas de trabalho, profissionais de saúde com carga horária extraordinária, que têm se dedicado com afinco nas atividades voltadas à Covid-19.

Para os biomédicos o contexto relacionado ao novo coronavírus trouxe amadurecimentos profissionais e pessoais. "O momento destaca a importância do biomédico e evidencia as medidas de biossegurança", reforça Adriana. O colega Antônio concorda. Segundo ele, "É preciso dar atenção especial à biossegurança, à qualidade dos exames e estar sempre atualizado", pontua o biomédico.

A conselheira delegada do Conselho Regional de Biomedicina – 3ª Região (CRBM-3) Rafaela Oliveira Silva, mestre em Patologia experimental e docente da disciplina de Gestão laboratorial e biossegurança há mais de cinco anos, ressalta a importância da disciplina na grade dos cursos de Biomedicina e também das práticas de capacitação constantes dos profissionais da saúde.

Nesse momento, cita, os laboratórios precisam atualizar os processos, fornecer os EPIs (equipamentos deproteção Individual) adequados, promover a troca do EPI após situações de exposições e tempo máximo de utilização de cada um e, além disso, reforçar a importância das lavagens das mãos, das limpezas de seus EPIs no caso de óculos de proteção ou protetor de face (face shield), bem como a conferência adequada de cada item e descartes corretos.

“A pandemia trouxe um olhar das Boas práticas de Biossegurança a população em geral e reforça a necessidade de treinamento das equipes da área da saúde. Nós, do CRBM-3, parabenizamos a atuação de extrema relevância dos biomédicos no diagnóstico. Os biomédicos cada dia mais têm se destacado como profissionais de qualidade e de grande importância para a medicina diagnóstica”, ressalta Rafaela. (Imprensa CRBM-3)